Ediçães de 2.009 e 2.010
Katia Canton – POTE (pedidos às fadas)
sinopse: na tradição dos contos de fadas, sobretudo para os irmãos Grimm, os bosques, as florestas, as árvores, são lugares mágicos, responsáveis pelas grandes mudanças dos personagens. A Bela Adormecida sonha no bosque, até a chegada do príncipe, João e Maria são largados lá, até encontrarem a casa de doces da bruxa e amadurecerem; Branca de Neve foge para e é acolhida pelos sete anões. Em seu aniversário, o Parque torna-se um bosque encantado, onde o visistante é convidado a se tornar um personagem. O Pote, por sua vez, se transforma num repositório de desejos, pedidos, sonhos, fazendo a vez da fada madrinha, garantindo o que falta para o final feliz da história.
Katia Canton - Oficina dos meninos - Construção de barcos e carros com materiais descartados.
Alzira Fragoso – Para Goya
O mármore, material eleito por mim, interessou-me pela sua ancestralidade, nobreza e perenidade, pois a memória e o tempo são características da minha poética.
Contemplando o quadro de Goya, “O cachorro” (1820-23), impressionou-me a extrema simplicidade do trabalho desse grande artista retratando o isolamento do animalzinho.
Na escultura “Para Goya” tentei captar essa solidão, a busca de alguma coisa, talvez uma comunicação, fazendo um paralelo com o homem atual, tão carente de um contato amigável, verdadeiro.
A intervenção do chocolate, perecível, mole, escuro, quente, contrasta com a dureza, frieza, do mármore branco, trazendo o apelo do olfato e paladar, tentando atrair algo, alguém, quem sabe um afago...
RE – Dácio Beraldo Bicudo
RE
Meu trabalho tem um pouco de ironia. É um comentario descabido sobre preservação de florestas e do verde. O nome é "RE"...Nele replanto móveis, cadeiras e outros tipos de industrializados de madeira.
Os móveis que um dia foram árvores, e foram cortadas, agora voltam a terra plantados num canteiro. A ideia é de que os móveis ramifiquem, e voltem a ser árvores.
Sera possivel?
Mensageiras / Monique Allain
A obra Mensageiras depende da participação coletiva do público. O trabalho irá se constituindo ao longo da exposição. Canteiros com no total 27 sacos plásticos são substituídos por mudas de palmito Jussara, espécie Euterpe edulis originária da Mata Atlântica e ameaçada de extinção. O número corresponde aos 26 Estados brasileiros e ao Distrito Federal. A muda recebe o nome de quem a plantou, ou pode ser dedicada a outra pessoa. As mudas permanecem na praça após o evento.
Fernanda Eva / Ainda é possivel encontrar o Paraiso no Urbano?
Fernanda Eva reproduz e recorta bichos da região Oeste da Capital. Pinta e modela pássaros e animais de chão para serem vistos com os olhos bem abertos. O trabalho estará misturado nas matas rasteiras e nas árvores altas do parque Buenos Aires, trazendo de volta a vida selvagem que um dia habitou o local. "Na intevrvençao no Parque Buenos Aires no ano passado Fernanda Eva propos com sua instalaçao, trazer de volta os "bichos nativos" da regiao. Este ano Fernanda propoe trazer ao Parque e aos bichos que permaneceram habitando o parque um de seus Paraisos, com a pergunta: Ainda é possivel encontrar o Paraiso no Urbano?" Fernanda Eva "Aonde encontrar o Paraiso no urbano?"
Árvore de Chico Mendes. Jose Roberto Aguilar
Árvore de Chico Mendes, dá frutos transparentes e tem seiva colorida. Instalação com esculturas de vidro e pintura de latex vegetal
Lucila Meirelles
Cheiros
de Lucila Meirelles
Instalação sensitiva
Em uma cidade poluída e carbonizada como São Paulo as pessoas não sentem mais cheiros. Esse trabalho se propõe a catalogar diferentes temperos e aromas tipicamente brasileiros, dentro de diversos tubos de ensaio pendurados em uma árvore, para que as pessoas possam respirar, experimentar, (re) conhecer sabores que ficaram esquecidos na fumaça da memória.
Regina de Barros – Tornado Sustentável
O tornado é um fenômeno da natureza que envolve grandes forças e contrastes.
Ao tocar o chão,com seu forte potencial de energia, devasta tudo.
Ao usar o “hashi” (material já reciclado ),como matéria para construir a estrutura de um tornado,faço alusão da importância do alimento físico,mental e espiritual para o ser humano.O tornado,pela suas características físicas,de tensão atmosférica,contraste de massas de ar ,e pressões de temperatura.Pelo seu potencial energético,faço alusão da transformação,da energia que a humanidade precisa ter,para conseguir equilibrar engenhosa e tecnologicamente,essa tensão,progresso e sustentabilidade.
“O Tornado Sustentável”,uma instalação em um parque,em meio as árvores,não vem devastar,mas criar um momento de suspensão,reflexão.
Toda manifestação criativa,se não interage em seu entorno de imediato,se não o transforma na sequência da sua ação,cria a suspenção,momento em que o indivíduo apreende algo num instante.Essa imagem/informação é um facilitador para o entendimento do micro/macro cosmo.
Nair Kremer- Um poço fitando o céu
Este trabalho na Praça Buenos Aires faz parte de uma série que venho realizando nos últimos trinta anos, em lugares públicos, com a proposta de convidar as pessoas à interação e à experiência de abrir e fechar receptáculos diversos, ativando memórias e sensações. Ao apresentar os arquivos interativos em uma das exposições, Katia Canton registrou o que até hoje considero uma síntese de minha proposta: “um grande jogo sobre a memória, as heranças históricas e o sentido das lembranças”.
O público, além de participar ativamente interagindo com gavetas, imagens, palavras e objetos, torna-se co-autor à medida que exerce sua liberdade para manipular, deslocar e recombinar os elementos alterando as possíveis leituras.
Como disse Katia, “o arquivo, com sua promessa sacralizada de ordem, tem seu discurso radicalmente subvertido, transforma-se num campo de transmutação, alterando seus conteúdos que são constantemente rearranjados pelo movimento de acaso das manipulações alheias”.
A poética do trabalho consiste também no brincar com as palavras e abarca as sutilezas coletivas e individuais. Como parte desta experiência, haverá, no dia 19 de setembro, às 11h, uma performance da contadora de histórias Adriana Fortes, da Confraria das Três Águas.
Especialmente nesta exposição, conteúdos e referências no interior e no exterior dos arquivos acionam a “desmaterialização do azul celeste” ou um “devaneio aéreo”, como se vê no livro O ar e os sonhos, de Gaston Bachelard. As imagens e objetos destacam o céu, as nuvens, o vento, as folhas... Tanto no exterior, quanto no interior de cada arquivo.
Entre as frases, versos, fragmentos e palavras, há citações de diversos poetas e escritores. Entre eles, destaca-se o título da exposição – Um poço fitando o céu – como referência a um verso de Fernando Pessoa, aqui adotado como retrato das infinitas possibilidades de contato com este público co-autor.
Nair Kremer
São Paulo, setembro de 2010.
Regina Carmona – Caminha Branca
Terra mineral usado para fins medicinais, a Dolomita é uma das unicas com alto grau de pureza livre de metais pesados.
Sua função é fortalecer o sistema imunológico e normalizar o metabolismo, Esse mineral tem importante participação na absorção de outros nutrientes e seus efeitos podem ser surpreendentes quando associados a um estilo de vida saudável, ter momentos de repouso, observar a temperança em todas as coisas e manter a confiança.
Recomenda-se 15 minutos deitado com o corpo bem acomodado.
Deite-se e pressione-se suavemente nas pedras até encontrar um bom ponto de apoio.
Feche os olhos e olhe para ti.
Buenos Livros / Guto Lacaz
Seis livros, fechados e/ou abertos vão flutuar no pequeno lago Art Nouveau tudo Parque Buenos Aires. Foi uma imagem imediata que surgiu quando vi a foto do lago, que nunca tinha visto antes por morar em outro bairro. Foi uma alegria ver tão lindo lago e chafariz ainda em bom estado de conservação. E o melhor, sem grades! Logo vi alguns livros flutuando, como que ao se aproximar de suas águas, ele nos contasse histórias, mostrasse figuras e declamasse poemas.
Alê Ferro – Passarinhos
O projeto "passarinhos" consiste em pendurar pássaros pintados em madeira em espaços urbanos, árvores na maioria das vezes. Porém esses passarinhos são feitos com madeira recolhida em caçambas de lixo. Além do conceito de reuso o projeto tem como base questionar o ambiente urbano, como exemplo as árvores cercadas pelos edifícios. Os passarinhos foram feitos com "lixo" dos arredores da praça.
Coletivo Garrucha – Esse que passa
O sapato é uma boa metáfora da vida. Uma hora tem seu agora, noutra, terá seu augúrio. Como nós, eles tem seus anos contados pelo dono, pelas marcas do uso. E, contando os passos, pisam no chão marcando os lugares. Que a marca pisada de hoje marque a pisada de mais noventa e sete anos. Todos têm um rastro perdido naquele pedacinho de chão. E que, por pisarem, também são daquele lugar da Terra, daquele mesmo Parque Buenos Aires, daquela mesma cidade.
Beto Borges – Pela estrada afora…
Quando os curadores da “Oxigênio 2” falaram do projeto, imediatamente lembrei das tampinhas plásticas de leite guardadas há anos. Tampas que constituem um resíduo (plástico?) de um longo percurso alimentar e, por que não dizer, afetivo.
Relacionando os caminhos que entrecortam a praça, este pequeno simulacro de floresta (sobretudo para crianças bem pequenas) e, provavelmente estimulado pelas evocações da infância trazidas por um alimento tão primordial, imaginei as tampinhas de plástico azul da embalagem de leite sinalizando um percurso pelo parque, tal como as pedrinhas e os pedaços de miolo de pão demarcaram o caminho da floresta para João e Maria, no conto de fadas da cultura popular recolhido pelos irmãos Grimm.
O caminho assinalado na Praça Buenos Aires não nos levará, contudo, à casa da nossa infância nem à casinha feita de doces da bruxa má. No coração de Higienópolis, um pequeno percurso demarcado com tampinhas azuis de embalagem de leite talvez acuse apenas, da forma mais prosaica, um pequeno fragmento da memória afetiva de um trivial bebedor de leite.
Cláudio Bueno e Rodrigo Sassi – Abrigo
Trata-se de 3 supostos porões trancados instalados no parque. Ao trancar, o trabalho sugere esconderijos, passagens, apropriações privadas em espaços públicos ou, até mesmo, remeter à excessiva necessidade de proteção dos arredores.
5- GUTO LACAZ
Artista multimídia, desenhista, ilustrador, designer, cenógrafo e editor de arte de revistas. Sua produção transita entre o design gráfico, a criação com objetos do cotidiano e a exploração das possibilidades tecnológicas na arte, sempre tratada com humor e ironia. O artista mostra-se extremamente coerente com a variedade de lugares e situações onde apresenta seus trabalhos: de galerias e museus a teatros, espaços públicos e televisão.
M A R E L A / Bebaprafrente
A observação de grafismos feitos por crianças mostra a inocência e a liberdade delas em se relacionar com o espaço. A apropriação é proposta pela dupla Bebaprafrente como forma de resignificação do cotidiano e entendimento do conceito de intervenção na Arte Contemporânea.
Fractais / Fernanda Cobra
Para a física fractais são formas geométricas abstratas microcósmicas de uma figura com padrões complexos que se repetem infinitamente, semelhantes à figura original e relacionados à natureza como um todo.
O trabalho “Fractais” tem a intenção de trazer para o público a beleza do microcosmo e sua relação com o macrocosmo. Um pequeno fragmento de uma árvore tem as mesmas características do ar, da água, da terra e do fogo. Não por acaso que os Fractais estão instalados aos pés da escultura “Maternidade”.
“As três Terezas” / Regina de Barros
A tereza é uma imagem que já me persegue há algum tempo. A minha tereza sempre tem a fuga para o céu, a fuga para a liberdade plena de um vôo. Para esse projeto, pensei em três terezas presas em cabos de aço, que são esticados entre as árvores. As terezas são presas em pontos diferentes, de forma que forme um triângulo. As terezas apontam para o céu, fuga para o espaço, imagem ônirica de portais, um namoro com as nuvens e as estrelas.
Espaços / Sandra Martinelli
A praça é um espaço aberto trancado dentro de outro espaço aberto que também é trancado dentro de outro espaço aberto e assim por diante. A literatura também é um espaço aberto contido em um espaço fechado, o livro. Meu trabalho pretende criar, a partir de um painel de ferro translúcido e colorido, outro espaço aberto dentro do parque, destinado a literatura e a apreciação do próprio parque.
[ arquiteturas ] On Air /ou Virtuais Dácio Bicudo
Arquiteturas ] On Air /ou Virtuais é um trabalho que busca as formas que existem nos espaços vazios, ou os volumes invisíveis. Para modelar o perímetro do volume e torna-lo visível, utilizo fitas e linhas e os defino utilizando os apoios naturais do local como suporte.
1-BEBA PRA FRENTE
A dupla bebaprafrente trabalha atualmente com a criação e a deflagração de espaços. Atuando com intervenções urbanas e proposições de vivências. Iniciou-se em 2007 na cidade de Campinas – SP e é formada pelos artistas gustavoprafrente e Beba Tistelli. Entre suas principais exposições coletivas estão: “Exposição Jovens Arte” no Espaço Zé Presidente (São Paulo), “7 meses Curitibanos” no Espaço Cultural BRDE (Curitiba) e “IN- Artistas Premiados no Salão Universitário de Arte Contemporânea da UNICAMP”, na Galeria do Instituto de Arte (Campinas). Com o tema “Projeto Passeio Público”, a dupla fez uma intervenção urbana na 5ª Bienal VentoSul.
2- DACIO BICUDO
Participou do Salão de Arte Contemporânea do MAM da Bahia, do Centro Cultural de Sao Paulo, mas os palcos vieram antes das artes plásticas para este mineiro, também cenógrafo e cineasta, o artista cursou a Faculdade de Belas Artes, em São Paulo. Teve como preâmbulo ao seu fazer artístico o trabalho de ator para depois mergulhar no universo do desenho, da pintura, da intervenção publica e da videoarte. Entre as exposições que contaram com seus trabalhos estão: “Uma Homenagem a Ianelli” no Mube - SP , “Brazilian Euphoria” em Miami e o encontro paulistano “Arte e Cultura Contemporânea no Movimento Sem-Teto do Centro”, no edifício Prestes Maia. Premiado no 2º Salão Internacional de Artes Plásticas das Nações em São Paulo, integrou ainda as coletivas na Casa das Rosas e na Casa da Xiclet na Capital paulista
3- FERNANDA COBRA
Nasceu e vive em São Paulo. È formada em Publicidade e Propaganda, especializada em Arte–Educação. Nas artes plásticas vem realizando exposições individual e coletivas em São Paulo desde 2000. Seu universo pictórico é magnetizado pela temática do sonho, do mundo simbólico, do indecifrável e do mistério. Onde o raciocínio, nunca caótico e sempre organizado, traz o fantástico junto com extraordinária força e emoção imagética, onírica, atemporal e arquetípica.
4- FERNANDA EVA
Artista plástica paulistana, formada pelo “Liceu de artes e ofícios”, FAAP e atualmente cursa mestrado em poéticas visuais na ECA-USP. Expôs no Salão de arte contemporânea da Bahia, no MAM em Salvador em 2008 e no Centro Cultural São Paulo em 2009. Seu trabalho principal é a pintura que tem como tema paisagens gigantes invadidas por personagens , ora animais, ora pessoas, sempre com um tom de ironia.
6- MONIQUE ALLAIN
Formou-se em biologia com pós graduação em genética. Posteriormente em artes plásticas pela FAAP. Atualmente faz mestrado na Santa Marcelina. Frequentou o curso de escultura da New York Studio School.
Utiliza como linguagem instalação, escultura, técnicas mistas, fotografia e vídeo.
7- REGINA DE BARROS
Paulista nasceu em 1971. Artista Plástica e Educadora formada pela “FEBASP”.Teve aulas com José Resende, Geórgia Kyriakakis,Flávia Ribeiro e Luis Hermano
De 1999 à 2000.Escultora,pesquisa as tensões e maleabilidades nos espaços.Trabalha com arame,tecido,desenho e fotografia.Atua na área de filmes publicitários,fazendo direção de arte e cenografia.
Na educação,ministra aulas de arte em escolas,empresas e no atelier.Principais exposições, “OFF Bienal III”, “Projeto 23”,exposição de outdoor na av.23 de maio,realizado pelo Centro Cultural SP,
“Art Du Bresil”, França, “Olhares Impertinentes”, MAC, “Uma Homenagem a Ianelli”,Mube,I Salão Aberto,paralelo à XXVI Bienal Internacional de SP.
8- SANDRA MARTINELLI
Nascida em SP Brasil em outubro de 1964, cursou artes plásticas na Santa Marcelina e psicologia na PUC. Começou sua carreira como assistente de fotografia de Francisco Aragão, Clicio Barroso e outros. Fotografou para quase todas as publicações do circuito Abril: Vogue Trip, etc. e para a revista Vida Mundial em Portugal por 2 anos. Há 10 anos faz esculturas em ferro e arame, primeiro exclusiva para House Garden por 5 anos. Neste período participou de 4 exposições na Casa Cor. Atualmente a artista mantém um atelier que além de expor durante o ano inteiro suas peças promove exposições coletivas, e eventos artísticos que reúnem outros suportes como música, teatro e literatura. Seus trabalhos foram criados a partir de uma espécie de alfabeto formado a partir da criação de ícones, figuras em arame fictícias.
MENSAGEIRAS III
Intervenção urbana com ocupação na Praça Buenos Aires
12/09/2009 a 30/09/2009
Mensageiras II, 2003
Areia, tubos de aço inoxidável, hastes flexíveis de metal, tecido em fibra sintética
12m x 12m x 0,95m
Mensageiras I, 2003
Areia, aço carbono, cimento, cola e papel
280cm x 210cm x 18cm
Este trabalho corresponde a uma terceira edição das instalações Mensageiras I e Mensageiras II, ambas elaboradas como projeto para seleção, e em seguida como obra apresentada na exposição Sculpture by the Sea 2003 em Sydney, Austrália.
Nas versões anteriores, borboletas brancas iniciavam seus vôos, cada qual para uma das 236 nações do mundo, levando consigo a paz. Eram mensageiras que enfatizavam o direito à liberdade e à necessidade de se preservar a harmonia com a natureza.
homens e mulheres no parque
Isabelle Ribot e Dácio Bicudo
Das figuras "idoru" de Isabelle Ribot e das silhuetas recortadas de Dacio Bicudo, nasceram os homens e as mulheres no parque , sao pessoas transparentes que se misturam a natureza em uma simbiose poetica. As figuras e o entorno se completam no